A geografia do Guia 4 Rodas

Nota zero em geografia mineira!

”]O Guia 4 Rodas, edição 2012, trouxe em suas páginas 84-85, seção Roteiros de Viagem, um absurdo!

Colocou no roteiro “Norte de Minas Gerais”, a capital, BH, e cidades do centro do Estado, como Sabará, Lagoa Santa, Cordisburgo. O máximo ao norte que chegou foi Diamantina, justamente onde o norte de Minas começa

O mapa mostrado pelo Guia 4 Rodas e as atrações turísticas indicadas não estão no Norte de Minas! Muito menos a foto da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha 😦

O vacilo foi bom por um lado, pois mostra a força que o sertão mineiro exerce, a ponto de gerar atos falhos graves como este. E deve ter deixado os mineiros da capital um bocadim brabos 🙂

Por outro lado é ruim, pois o Guia 4 Rodas ignora sistematicamente as atrações turísticas do Norte de Minas. Exceto algumas edições que mostraram Salinas como a “capital nacional da cachaça”, o Guia 4 Rodas deconhece a Serra Resplandecente de Fernão Dias, em Itacambira*; o vau de Serranópolis; a igreja de pedra e as construções históricas de Grão Mogol*; as praias de Pirapora; as cavernas do Peruaçu, e Januária; as casas enfileiradas de Pedra Azul; as festas de agosto com Mestre Zanza e Manuel Sapateiro (in memoriam), o Barreiro da Raiz, e quanto tudo mais.

O Norte de Minas é um mundo, vasto mundo, e não só um retrato na parede!

[.]

Nem é pra começar uma Guerra dos Emboabas, mas se os paulistas do Guia 4 Rodas pedalassem e fizessem excursão semelhante à viagem de bicicleta (*veja fotos) que fiz com meus irmãos, eles conheceriam pelo menos um pouquinho do Norte de Minas, o tanto suficiente pra não cometer aquele erro bobo. ;-P

3 comentários em “A geografia do Guia 4 Rodas

  1. Muito bom a bronca Denir!
    também estive lá pelo verdadeiro Norte de Minas Gerais, inclusive baseado em suas orientações, e com certeza não é nada disso que o Guia traz e, também, é muito mais do que muitos pensam. Realmente é preciso ir ver…
    Fábio (FES)

  2. É , deveriam ter mais cuidado com o que publicam pois acabam trazendo informações que não correspondem à realidade e que acabam tambem confundindo as pesoas que buscam estas informações.

  3. Não é a primeira vez – e duvido que seja a última – que o Guia 4 rodas publica bobagens assim. O que acontece é que aqui no Brasil falta-lhe um concorrente sério, já que guias alternativos (Lonely Planet, Rough Guide e outros) ainda não são publicados em português. A editora da folha de São Paulo, que teria cacife para entrar nessa disputa, prefere investir em traduções (às vezes bem ruins) de guias para cidades e países estrangeiros, pouco se dedicando ao muito de bom que o Brasil oferece em termos de turismo. Lamentável!

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